Resposta ao Mari Alkatiri
Por: Victor Tavares
Falar de Timor-Leste, da sua história de luta, dos seus problemas, dos problemas da governação, sem falar de si e do seu insucesso na governação, o Dr. Mari Bin Amuden Alkatiri, é no mínimo, ingénuo, falta de coerência e total desonesto, não para com os outros mas à si próprio.
O Sr. Dr. Mari Alkatiri quer nos dizer e mostrar ao povo timorense de que ele é quem o mais merece ter a confiança dos timorenses, do que os outros líderes da sua geração. É contrasta as evidências no seu texto, os argumentos verdadeiramente inspirados por aquilo que se vai na alma, manifesta o profundo ressentimento com às amarguras em abundância desde o mês de Junho de 2006, desde o momento em que o povo retirou-lhe o poder como o primeiro Primeiro-Ministro num Timor-Leste independente como nação. Manifesta o seu desespero e frustração pelo mau ambiente que se rodeia a si e seu partido, no momento em que ele e o seu partido perdeu completamente o espaço político e sua influência em Timor-Leste. Porque ressentimento? Porque perdeu no combate político e agora sem ideias, sem motivação para fazer as políticas e é um manifesto do mau perdedor. Porque o tão desejado poder que esteve na cabeça do Sr- Mari Alkatiri, durante mais de duas décadas que chegou as suas mãos, inesperadamente desapareceu no momento para outro. E manifestou, e fez bem desta forma, para descarregar o seu “disco” estava cheio de ficheiros inúteis, nem para o próprio, nem para o partido FRETILIN, muito menos para os interesses do país e do povo.
Perder em qualquer tipo de competições é natural, embora nos dói, mas não é o fim do mundo. Haverá no entanto, outras competições e claro se não vencer hoje poderá vencer nas próximas. Porque, se não ganhou porque houve razões que determine a derrota ou não tinham condições para ganhar.
No seu texto o Mari Alkatiri mostra a sua total ignorância e desconhecimento da estrutura de luta durante a ocupação, ou de uma forma leviana considerar que a despartidarização, que é no meu entender era remodelar a forma de luta protagonizada pelo Comando de Luta na altura a partir de 1987, para o ex-PM e actual Secretário Geral da FRETILIN, era uma retórica política do Xanana Gusmão. Despartidarização da resistência não era retórica política mas sim uma estratégica pragmática e inteligente, para eu não acusar o Dr. Mari de ignorância ou desconhecer da realidade. E foi bem estabelecida essa estratégia porque era uma necessidade no espaço e do tempo. O senhor Dr. Mari Alkatiri sabe que efeito trouxe para os inimigos, para a própria resistência e para a frente diplomática ? Talvez o senhor não sentiu como não sentiu nenhuma picada dos mosquitos das matas de Timor durante mais de 20 anos. Com a mudança estratégica a resistência tornou mais eficaz e mais abrangente, mais forte porque engloba todos os componentes da sociedade em Timor, tornou-se embaraçosos para os inimigos porque era difícil de distinguir entre quem é quem a resistência entre as populações. Na frente diplomática, facilitou a diplomacia e deu passos significativos nos nossos argumentos contrariando a ofensiva diplomática dos ocupantes que acusavam a resistência timorense de ser implantado o comunismo na região do sudeste Asiática. Em consequência, tornou-se como o vento que soprou a nosso favor, a favor da resistência, a massa solidariedade internacional aumentou, as organizações não governamentais internacionais, abriu o caminho para que os movimentos dos democratas da própria Indonésia levantaram as vozes contra a ocupação e as violações dos Direitos Humanos em Timor-Leste, alguns dos senadores dos EUA tomaram posições mais flexíveis etc. Portanto, a transição e as mudanças feitas na estrutura da resistência foi um passo importante na abertura da luta estreita (partidária) para uma luta popular e universal. Só assim é que a resistência ganhou a força para resistir e conquistou a solidariedade internacional. Se não fosse com essa estratégia e continuar com a estrela na testa e com a bandeira partidária ao peito seria impossível alcançar a vitória ou talvez precisava mais de 100 anos de luta.
Tudo isso não apenas uma retórica mas um facto!
Depois de criar o Conselho Nacional da Resistência Maubere-CNRM, em Timor não existia partidos na estrutura da resistência, porque os partidos foram dissolvidos por necessidades, e as organizações clandestinas e juvenis como a Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste - RENETIL, a OJECTIL e a OJETIL foram sabiamente decidiram as suas submissões ao órgão supremo da luta o CNRM.
Ao contrário do que se existia no interior da Pátria, no exterior encontravam muitos partidos, existia FRETILIN Austrália, FRETILIN Portugal, FRETILIN Macau, FRETILIN Maputo, FRETILIN aqui e FRETILIN acolá etc. e o pior de tudo era considerar o CNRM é o partido de Ramos Horta. Desorganização era total, muitas facções dentro da própria FRETILIN, nem se conhece quem era o líder e total ridículo que assisti quando nos finais de 1994 cheguei com o meu grupo a Portugal. Nós estávamos já noutra fase sobre a realidade da situação no terreno, e por cá, ainda se encontrávamos num ambiente dos anos 70, e a prática discriminação entre grupos da UDT e da FRETILIN era comum. A comunidade timorense em Portugal era órfã, desorientada não se sabia em quem poder confiar e quem podia dar as informações sobre a situação que se passava na sua terra natal, nada. Ninguém deu atenção e cada um entende como pode conforme o seu imaginário sobre a luta. E tal secretário-geral da FRETILIN, que se reclama muitas vezes ser líder histórico, o revolucionário Mari Alkatiri o que fazia e onde?
Para mim, o Sr. Mari Alkatiri é sem dúvida, um líder da pré-histórica, porque era só liderava o movimento nas primeiras semanas ou meses depois da fundação da ASDT que se transformou para a FRETILIN. O facto era a história de luta desenrolou depois de Mari Alkatiri ter deixado Timor há vários meses. E durante os mais de 20 anos na diáspora nunca dirigiu o povo, nunca dirigiu os apoiantes da FRETILIN, nunca organizou a comunidade timorense no estrangeiro em torno do apoio a luta da resistência, nunca organizou o partido a ter uma direcção, nunca preparou os quadros dentro do partido para governar o país mais tarde. Como é possível reclamar ser líder histórico? É mais que ridículo! A falta de tudo é o perfil dele, não tem carisma de ser líder, não tem capacidade organizativa, sem estratégia política para o futuro, o futuro do povo era a justificação que veio confirmar a perca do poder em 2006 e as derrotas consecutivas em 2007.
O Xanana Gusmão nunca confundiu a FRETILIN com as FALINTIL depois da independência. Penso eu que, para Xanana a FRETILIN é um partido de um grupo de indivíduos timorenses, enquanto as FALINTIL é uma instituição do estado. Só quem não sabe distinguir é quem partidarizou a instituição das FALINTIL para os fins particulares ou para os interesses do partido. O Mari Alkatiri considerou que o Xanana: …”manchar a imagem das FALINTIL, enfraquecer a FRETILIN e sua liderança e dividir num país sem passado, e talvez mesmo, sem futuro soberano, era o início sem fim a vista da decapitação do país da sua liderança histórica”. Qual liderança histórica do país que se refere? Refere-se de si, era o que faltava ! Não bastava reconhecer de que o Dr. Mari Alkatiri era líder pré-histórica só e actualmente líder de um grupo partidário a FRETILIN. Não se deve reclamar como líder de um país inteiro se não está a governar. É verdade é que esteve a liderar Timor-Leste, só que por falta de capacidades como líder, a liderança enfraqueceu por culpa própria, não por culpa de alguém.
“Não foi fácil fazer decisões de modo a que a história fosse reconhecida e ver-se reflectida constitucionalmente de modo a marcar a fronteira de uma identidade nacional e internacional”.
O senhor Dr. Mari deve ter em conta da posição por si criada e definida constitucionalmente para o Xanana Gusmão como PR na altura. A Constituição RDTL foi redigida pela FRETILIN dirigida por si, e a definição de poderes semi-presidencialista foi preparada para Xanana, onde o papel do PR é apenas uma mera função simbólica, restritamente às cerimónias do estado. Porque, se não fosse assim, a liderança da FRETILIN receava imagem de Xanana do momento pode apagar o panorama política do partido e o perfil da sua liderança. Não era novidade se o XG que estava amarrado funcionalmente como Presidente encarasse como um desfio político que inevitavelmente encara como caminhos certo para o combate político. Assim foi, antes de terminar o mandato como Presidente da República em Maio de 2007, Xanana anunciou a sua intenção de se candidatar ao PM nas eleições legislativas de 2007, porque para Xanana o seu objectivo da luta ainda não atingiu e sentiu-se o país ainda precisa dele. Por isso, a “ambição pelo poder” daquele ex-Comandante da Guerrilha, num pós guerra, a guerra que o próprio liderou, é certamente um processo normal numa cultura democrática.
Não se vê a ambição pelo poder de um político só pelo lado negativo, isto é, uma ambição que se emerge pela impulsão do egocentrismo, cujos motivos individuais etc. Mas a ambição é o motor do trabalho intelectual e de um hommo politiku. Com a ambição que se conquista o poder para governar. Assim como o Senhor PM Kay Rala Xanana Gusmão, que muitas vezes foi alvo de ataques pela liderança da FRETILIN com a acusação infundada, de ser praticante de “troca de favores” com o Dr. José Ramos Horta, por ser hoje PM do IV Governo Constitucional, depois de ter ocupado o cargo como PR.
A atitude infantil que também soltou de si e saiu para fora, é a maneira como o Mari Alkatiri viu e considerou a prisão e a cela de onde Xanana era detido em Cipinang-Jacarta, como numa fazenda onde o Xanana era proprietário, atribuindo-o culpado com a ironia de que o Xanana reforçou a sua …”Liderança nacional unipessoal à luz do tão conhecido conceito Comando da Luta (que fazia decisões e dava orientação a todos mesmo da sua cela em Cipinang)”.
É inacreditável uma pessoa como Mari Alkatiri chegou esse pensamento, no ambiente como hoje dava jeito para pensar que aquele penitenciário indonésio era o lugar preferido e escolhido por Xanana para continuar dirigir a luta.
Que falta de ideias…!
Como se vê também na conotação da Aliança Maioritária Parlamentar, como Aliança Maioria Perdedora, a designação semelhantes que espelham pela internet fora, como Ahi Mate Permanente, Ami Manan Persentajem, etc. são designações que caracterizam os autores como doentios, afinal é partilhada também por Dr. Mari Alkatiri.
O Mari Alkatiri também questionou o Xanana e seu governo sobre se já reduziu a pobreza em Timor. Como simples cidadão que sou, respondo-o com frontalidade o seguinte, em cinco anos da governação da FRETILIN, onde o próprio esteve dois anos a frente do governo, comparando com a governação do Xanana há ano e meio, como é que possível reduzir a pobreza dentro de 16 meses? Em cinco anos já nem tira a pobreza de uma família quanto mais ano e meio tirar a pobreza às mais de 80% da população?
O ex-Primeiro-Minsitro esqueceu-se de si próprio, esqueceu do seu passado recente. Agora vem nos vender a banha de cobra, de que o Mari Alkatiri e seu governo quando estava no poder não esbanjou o dinheiro, cumpridor da Constituição e Leis, descentralizador dos poderes, apaziguador e tudo que louvável pertence a oposição de hoje. O Xanana Gusmão é quem procura dividir Timor, manchar a instituição FALINTIL, esbanjador de dinheiro do estado, não faz as reformas, não reduzir a pobreza não assim não assado e etc.
Só para dizer esse senhor, que mesmo todos nós sabemos que o Senhor Dr. não está estável, digo assim para não falar doente psíquica, como é evidente, Vossa Excelência se soubesse fazer tudo aquilo que nos disse hoje, se tivessem capacidades para governar o nosso país como o nosso povo desejou, é sem dúvida que o seu partido não está encontrado como está hoje em dia.
Para o Dr. Mari Bin Amude Alkatiri, ex-PM e líder do partido histórico FRETILIN, Timor-Leste é um país sem futuro. Até deu a razão a uma opinião pessoal de um jornalista forasteiro, que de forma exagerada considera Timor-Leste é um país pior que um estado falhado.
Sinceramente, até que ponto a capacidade intelectual do Dr. Mari Alkatiri avaliar objectivamente o estado das coisas, o estado da nossa Querida Nação Timor-Leste, que foi propositadamente passou pelas suas mãos, a governar, e o seu partido esteve no governo não foi cinco dias nem cinco meses, foram os cinco longos anos. Mas não é tão difícil de fazer um diagnóstico sobre a situação que se encontra o nosso país. Se alguma coisa não está bem neste momento, se o nosso país é insuportável como disse o jornalista português Pedro Rosa Mendes, se é assim, o insuportável já veio de longe. Se o senhor Dr. Mari Alkatiri está consciente então eu posso ter a certeza de que depois de ler estas minhas palavras Vª excelência consentirá de que é também o culpado. E o mal de tudo isso foi por causa da sua besta negra. O estado da nação que se encontra hoje não começou apenas há um ano ou dois. Os problemas são acumulados durante mais de vinte anos, um dos exemplos destes problemas é a perseguição política feito por si aos seus velhos adversários dos anos 70, quando você chegou ao poder. Isso também foi como gota de água que contribuiu para a insatisfação de muitos timorenses consigo.
Sabe quais são as suas bestas negras que deram os significativos contributos para que o nosso estado, o Estado da RDTL a ser acusado de ser o estado falhado, que você também realçou?
Vª excelência não sabia?
Então leia atentamente a seguinte lista:
1) A arrogância
2) A prépontência
3) Antidemocrático
4) Usa e abusa do poder
5) Os insultos aos ex-combatentes (fuk naruk la fase)
6) Os insultos às populações esfomeados (fo han fahi krekas)
7) O nepotismo (distribuir os cargos aos irmãos e esposa)
8) Incapacidade e incompetente (não consegue controlar o seu membro do governo e deixá-lo armar civis, formar esquadrão da morte).
9) Não consegue resolver os problemas dos militares (causa a crise militar e política)
10) Ordenar às F-FDTL a intervirem para dispersar os manifestantes civis, e em consequência alguns dos elementos das F-FDTL assassinaram outros irmãos da PNTL e UIR desarmados nos seus quartéis. E os coitadinhos soldados é quem paga as favas, estão presos.
Estas são as dez bestas negras que vão permanecer na memória do povo, e onde quer que você esteja estarão lá também…!
São as 10 grandes obras feitas por si depois de ter regressado do exílio.
Fim da 1ª parte.
_____________
Nota: Ninguém influência o pensamento do autor para dar esta resposta ao Dr. Mari Alkatiri, nem representa os pensamentos do Senhor Xanana Gusmão, nem respondo em nome dele. A resposta é genuína do espírito e pertinente da consciência exclusiva do autor.
Por: Victor Tavares
Falar de Timor-Leste, da sua história de luta, dos seus problemas, dos problemas da governação, sem falar de si e do seu insucesso na governação, o Dr. Mari Bin Amuden Alkatiri, é no mínimo, ingénuo, falta de coerência e total desonesto, não para com os outros mas à si próprio.
O Sr. Dr. Mari Alkatiri quer nos dizer e mostrar ao povo timorense de que ele é quem o mais merece ter a confiança dos timorenses, do que os outros líderes da sua geração. É contrasta as evidências no seu texto, os argumentos verdadeiramente inspirados por aquilo que se vai na alma, manifesta o profundo ressentimento com às amarguras em abundância desde o mês de Junho de 2006, desde o momento em que o povo retirou-lhe o poder como o primeiro Primeiro-Ministro num Timor-Leste independente como nação. Manifesta o seu desespero e frustração pelo mau ambiente que se rodeia a si e seu partido, no momento em que ele e o seu partido perdeu completamente o espaço político e sua influência em Timor-Leste. Porque ressentimento? Porque perdeu no combate político e agora sem ideias, sem motivação para fazer as políticas e é um manifesto do mau perdedor. Porque o tão desejado poder que esteve na cabeça do Sr- Mari Alkatiri, durante mais de duas décadas que chegou as suas mãos, inesperadamente desapareceu no momento para outro. E manifestou, e fez bem desta forma, para descarregar o seu “disco” estava cheio de ficheiros inúteis, nem para o próprio, nem para o partido FRETILIN, muito menos para os interesses do país e do povo.
Perder em qualquer tipo de competições é natural, embora nos dói, mas não é o fim do mundo. Haverá no entanto, outras competições e claro se não vencer hoje poderá vencer nas próximas. Porque, se não ganhou porque houve razões que determine a derrota ou não tinham condições para ganhar.
No seu texto o Mari Alkatiri mostra a sua total ignorância e desconhecimento da estrutura de luta durante a ocupação, ou de uma forma leviana considerar que a despartidarização, que é no meu entender era remodelar a forma de luta protagonizada pelo Comando de Luta na altura a partir de 1987, para o ex-PM e actual Secretário Geral da FRETILIN, era uma retórica política do Xanana Gusmão. Despartidarização da resistência não era retórica política mas sim uma estratégica pragmática e inteligente, para eu não acusar o Dr. Mari de ignorância ou desconhecer da realidade. E foi bem estabelecida essa estratégia porque era uma necessidade no espaço e do tempo. O senhor Dr. Mari Alkatiri sabe que efeito trouxe para os inimigos, para a própria resistência e para a frente diplomática ? Talvez o senhor não sentiu como não sentiu nenhuma picada dos mosquitos das matas de Timor durante mais de 20 anos. Com a mudança estratégica a resistência tornou mais eficaz e mais abrangente, mais forte porque engloba todos os componentes da sociedade em Timor, tornou-se embaraçosos para os inimigos porque era difícil de distinguir entre quem é quem a resistência entre as populações. Na frente diplomática, facilitou a diplomacia e deu passos significativos nos nossos argumentos contrariando a ofensiva diplomática dos ocupantes que acusavam a resistência timorense de ser implantado o comunismo na região do sudeste Asiática. Em consequência, tornou-se como o vento que soprou a nosso favor, a favor da resistência, a massa solidariedade internacional aumentou, as organizações não governamentais internacionais, abriu o caminho para que os movimentos dos democratas da própria Indonésia levantaram as vozes contra a ocupação e as violações dos Direitos Humanos em Timor-Leste, alguns dos senadores dos EUA tomaram posições mais flexíveis etc. Portanto, a transição e as mudanças feitas na estrutura da resistência foi um passo importante na abertura da luta estreita (partidária) para uma luta popular e universal. Só assim é que a resistência ganhou a força para resistir e conquistou a solidariedade internacional. Se não fosse com essa estratégia e continuar com a estrela na testa e com a bandeira partidária ao peito seria impossível alcançar a vitória ou talvez precisava mais de 100 anos de luta.
Tudo isso não apenas uma retórica mas um facto!
Depois de criar o Conselho Nacional da Resistência Maubere-CNRM, em Timor não existia partidos na estrutura da resistência, porque os partidos foram dissolvidos por necessidades, e as organizações clandestinas e juvenis como a Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste - RENETIL, a OJECTIL e a OJETIL foram sabiamente decidiram as suas submissões ao órgão supremo da luta o CNRM.
Ao contrário do que se existia no interior da Pátria, no exterior encontravam muitos partidos, existia FRETILIN Austrália, FRETILIN Portugal, FRETILIN Macau, FRETILIN Maputo, FRETILIN aqui e FRETILIN acolá etc. e o pior de tudo era considerar o CNRM é o partido de Ramos Horta. Desorganização era total, muitas facções dentro da própria FRETILIN, nem se conhece quem era o líder e total ridículo que assisti quando nos finais de 1994 cheguei com o meu grupo a Portugal. Nós estávamos já noutra fase sobre a realidade da situação no terreno, e por cá, ainda se encontrávamos num ambiente dos anos 70, e a prática discriminação entre grupos da UDT e da FRETILIN era comum. A comunidade timorense em Portugal era órfã, desorientada não se sabia em quem poder confiar e quem podia dar as informações sobre a situação que se passava na sua terra natal, nada. Ninguém deu atenção e cada um entende como pode conforme o seu imaginário sobre a luta. E tal secretário-geral da FRETILIN, que se reclama muitas vezes ser líder histórico, o revolucionário Mari Alkatiri o que fazia e onde?
Para mim, o Sr. Mari Alkatiri é sem dúvida, um líder da pré-histórica, porque era só liderava o movimento nas primeiras semanas ou meses depois da fundação da ASDT que se transformou para a FRETILIN. O facto era a história de luta desenrolou depois de Mari Alkatiri ter deixado Timor há vários meses. E durante os mais de 20 anos na diáspora nunca dirigiu o povo, nunca dirigiu os apoiantes da FRETILIN, nunca organizou a comunidade timorense no estrangeiro em torno do apoio a luta da resistência, nunca organizou o partido a ter uma direcção, nunca preparou os quadros dentro do partido para governar o país mais tarde. Como é possível reclamar ser líder histórico? É mais que ridículo! A falta de tudo é o perfil dele, não tem carisma de ser líder, não tem capacidade organizativa, sem estratégia política para o futuro, o futuro do povo era a justificação que veio confirmar a perca do poder em 2006 e as derrotas consecutivas em 2007.
O Xanana Gusmão nunca confundiu a FRETILIN com as FALINTIL depois da independência. Penso eu que, para Xanana a FRETILIN é um partido de um grupo de indivíduos timorenses, enquanto as FALINTIL é uma instituição do estado. Só quem não sabe distinguir é quem partidarizou a instituição das FALINTIL para os fins particulares ou para os interesses do partido. O Mari Alkatiri considerou que o Xanana: …”manchar a imagem das FALINTIL, enfraquecer a FRETILIN e sua liderança e dividir num país sem passado, e talvez mesmo, sem futuro soberano, era o início sem fim a vista da decapitação do país da sua liderança histórica”. Qual liderança histórica do país que se refere? Refere-se de si, era o que faltava ! Não bastava reconhecer de que o Dr. Mari Alkatiri era líder pré-histórica só e actualmente líder de um grupo partidário a FRETILIN. Não se deve reclamar como líder de um país inteiro se não está a governar. É verdade é que esteve a liderar Timor-Leste, só que por falta de capacidades como líder, a liderança enfraqueceu por culpa própria, não por culpa de alguém.
“Não foi fácil fazer decisões de modo a que a história fosse reconhecida e ver-se reflectida constitucionalmente de modo a marcar a fronteira de uma identidade nacional e internacional”.
O senhor Dr. Mari deve ter em conta da posição por si criada e definida constitucionalmente para o Xanana Gusmão como PR na altura. A Constituição RDTL foi redigida pela FRETILIN dirigida por si, e a definição de poderes semi-presidencialista foi preparada para Xanana, onde o papel do PR é apenas uma mera função simbólica, restritamente às cerimónias do estado. Porque, se não fosse assim, a liderança da FRETILIN receava imagem de Xanana do momento pode apagar o panorama política do partido e o perfil da sua liderança. Não era novidade se o XG que estava amarrado funcionalmente como Presidente encarasse como um desfio político que inevitavelmente encara como caminhos certo para o combate político. Assim foi, antes de terminar o mandato como Presidente da República em Maio de 2007, Xanana anunciou a sua intenção de se candidatar ao PM nas eleições legislativas de 2007, porque para Xanana o seu objectivo da luta ainda não atingiu e sentiu-se o país ainda precisa dele. Por isso, a “ambição pelo poder” daquele ex-Comandante da Guerrilha, num pós guerra, a guerra que o próprio liderou, é certamente um processo normal numa cultura democrática.
Não se vê a ambição pelo poder de um político só pelo lado negativo, isto é, uma ambição que se emerge pela impulsão do egocentrismo, cujos motivos individuais etc. Mas a ambição é o motor do trabalho intelectual e de um hommo politiku. Com a ambição que se conquista o poder para governar. Assim como o Senhor PM Kay Rala Xanana Gusmão, que muitas vezes foi alvo de ataques pela liderança da FRETILIN com a acusação infundada, de ser praticante de “troca de favores” com o Dr. José Ramos Horta, por ser hoje PM do IV Governo Constitucional, depois de ter ocupado o cargo como PR.
A atitude infantil que também soltou de si e saiu para fora, é a maneira como o Mari Alkatiri viu e considerou a prisão e a cela de onde Xanana era detido em Cipinang-Jacarta, como numa fazenda onde o Xanana era proprietário, atribuindo-o culpado com a ironia de que o Xanana reforçou a sua …”Liderança nacional unipessoal à luz do tão conhecido conceito Comando da Luta (que fazia decisões e dava orientação a todos mesmo da sua cela em Cipinang)”.
É inacreditável uma pessoa como Mari Alkatiri chegou esse pensamento, no ambiente como hoje dava jeito para pensar que aquele penitenciário indonésio era o lugar preferido e escolhido por Xanana para continuar dirigir a luta.
Que falta de ideias…!
Como se vê também na conotação da Aliança Maioritária Parlamentar, como Aliança Maioria Perdedora, a designação semelhantes que espelham pela internet fora, como Ahi Mate Permanente, Ami Manan Persentajem, etc. são designações que caracterizam os autores como doentios, afinal é partilhada também por Dr. Mari Alkatiri.
O Mari Alkatiri também questionou o Xanana e seu governo sobre se já reduziu a pobreza em Timor. Como simples cidadão que sou, respondo-o com frontalidade o seguinte, em cinco anos da governação da FRETILIN, onde o próprio esteve dois anos a frente do governo, comparando com a governação do Xanana há ano e meio, como é que possível reduzir a pobreza dentro de 16 meses? Em cinco anos já nem tira a pobreza de uma família quanto mais ano e meio tirar a pobreza às mais de 80% da população?
O ex-Primeiro-Minsitro esqueceu-se de si próprio, esqueceu do seu passado recente. Agora vem nos vender a banha de cobra, de que o Mari Alkatiri e seu governo quando estava no poder não esbanjou o dinheiro, cumpridor da Constituição e Leis, descentralizador dos poderes, apaziguador e tudo que louvável pertence a oposição de hoje. O Xanana Gusmão é quem procura dividir Timor, manchar a instituição FALINTIL, esbanjador de dinheiro do estado, não faz as reformas, não reduzir a pobreza não assim não assado e etc.
Só para dizer esse senhor, que mesmo todos nós sabemos que o Senhor Dr. não está estável, digo assim para não falar doente psíquica, como é evidente, Vossa Excelência se soubesse fazer tudo aquilo que nos disse hoje, se tivessem capacidades para governar o nosso país como o nosso povo desejou, é sem dúvida que o seu partido não está encontrado como está hoje em dia.
Para o Dr. Mari Bin Amude Alkatiri, ex-PM e líder do partido histórico FRETILIN, Timor-Leste é um país sem futuro. Até deu a razão a uma opinião pessoal de um jornalista forasteiro, que de forma exagerada considera Timor-Leste é um país pior que um estado falhado.
Sinceramente, até que ponto a capacidade intelectual do Dr. Mari Alkatiri avaliar objectivamente o estado das coisas, o estado da nossa Querida Nação Timor-Leste, que foi propositadamente passou pelas suas mãos, a governar, e o seu partido esteve no governo não foi cinco dias nem cinco meses, foram os cinco longos anos. Mas não é tão difícil de fazer um diagnóstico sobre a situação que se encontra o nosso país. Se alguma coisa não está bem neste momento, se o nosso país é insuportável como disse o jornalista português Pedro Rosa Mendes, se é assim, o insuportável já veio de longe. Se o senhor Dr. Mari Alkatiri está consciente então eu posso ter a certeza de que depois de ler estas minhas palavras Vª excelência consentirá de que é também o culpado. E o mal de tudo isso foi por causa da sua besta negra. O estado da nação que se encontra hoje não começou apenas há um ano ou dois. Os problemas são acumulados durante mais de vinte anos, um dos exemplos destes problemas é a perseguição política feito por si aos seus velhos adversários dos anos 70, quando você chegou ao poder. Isso também foi como gota de água que contribuiu para a insatisfação de muitos timorenses consigo.
Sabe quais são as suas bestas negras que deram os significativos contributos para que o nosso estado, o Estado da RDTL a ser acusado de ser o estado falhado, que você também realçou?
Vª excelência não sabia?
Então leia atentamente a seguinte lista:
1) A arrogância
2) A prépontência
3) Antidemocrático
4) Usa e abusa do poder
5) Os insultos aos ex-combatentes (fuk naruk la fase)
6) Os insultos às populações esfomeados (fo han fahi krekas)
7) O nepotismo (distribuir os cargos aos irmãos e esposa)
8) Incapacidade e incompetente (não consegue controlar o seu membro do governo e deixá-lo armar civis, formar esquadrão da morte).
9) Não consegue resolver os problemas dos militares (causa a crise militar e política)
10) Ordenar às F-FDTL a intervirem para dispersar os manifestantes civis, e em consequência alguns dos elementos das F-FDTL assassinaram outros irmãos da PNTL e UIR desarmados nos seus quartéis. E os coitadinhos soldados é quem paga as favas, estão presos.
Estas são as dez bestas negras que vão permanecer na memória do povo, e onde quer que você esteja estarão lá também…!
São as 10 grandes obras feitas por si depois de ter regressado do exílio.
Fim da 1ª parte.
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Nota: Ninguém influência o pensamento do autor para dar esta resposta ao Dr. Mari Alkatiri, nem representa os pensamentos do Senhor Xanana Gusmão, nem respondo em nome dele. A resposta é genuína do espírito e pertinente da consciência exclusiva do autor.
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