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20201105

Indignação da Comunidade Timorense perante o insulto atroz de um representante do Estado da RDTL a timorenses residentes em Portugal, UK e Irlanda

Carta Aberta... 

Indignação da Comunidade Timorense perante o insulto atroz de um representante do Estado da RDTL a timorenses residentes em Portugal, UK e Irlanda 

Exmos. Senhores 

Nós, abaixo assinado, vimos por este meio manifestar a nossa mais profunda indignação pela forma execrável com que o  Sr. Diretor Crisogno de  Araújo se dirigiu aos seus conterrâneos, residentes em Portugal, UK e Irlanda.

Seria no mínimo expectável todo o cuidado num documento oficial do Estado, sendo o português considerada uma das línguas oficiais de Timor.  Um documento oficial deve privilegiar o recurso à linguagem cuidada, clara e isenta deste tipo de julgamentos e preconceitos, de forma a não desrespeitar e ferir a dignidade humana dos visados, e pelo que o documento dá a entender, são timorenses residentes e alguns já originários destes 3 países.

Verificou-se a ousadia de colocar por escrito, num Pedido de autorização de Aterragem, designando os timorenses a quem estaria a ser concedido um voo fretado com destino a esses países da Europa, de Cavalos  Marinhos.

Queremos acreditar que um representante do Estado, tenha, no minímo, uma formação académica que lhe permita distinguir a diferença entre um Ser Humano e um Cavalo Marinho (Ser Animal).

Não conseguindo conceber outra explicação, que não a de um triste mas gravíssimo equívoco, e porque repudiamos este e qualquer tipo de tratamento que constitua ofensa grave à luz dos direitos consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais do Homem, aguardamos os Vossos prezados esclarecimentos sobre o ocorrido. 

Intencional ou não, mereceu de forma inequívoca a atenção de todos os timorenses residentes nestes 3 países europeus, pelo que exigimos:

- Um esclarecimento sobre a finalidade do documento;

- O motivo e o fundamento para a infeliz expressão utilizada para designar os timorenses visados;

- Um formal pedido de desculpas às Comunidades supracitadas;

- Informação das medidas que irão adotar para prevenir futuras situações assim como, a substituição do atual diretor.

Somos timorenses, somos maubere. Somos trabalhadores e pagamos impostos. Merecemos respeito tal como respeitamos os nossos governantes de Timor,  que demonstram pouco ou nenhum respeito por aqueles que tiveram que sair da sua terra natal para poder garantir o acesso à educação, à saúde e ao trabalho a si mesmos e aos seus.

Assistimos com pesar, de longe, ao sofrimento dos que por seu lado, tiveram a coragem de ficar no país e sofrer na pele o resultado da disrupção política que mais zela pelos seus interesses pessoais em vez dos do povo.

Não nos identificamos nem nos calaremos perante este ou qualquer outro tipo de tratamento que nos diminua enquanto seres humanos. 

Segue a recolha de assinaturas que revela a a nossa manifesta indignação perante esta ocorrência que é inenarrável, além de não ser a primeira vez que somos desrespeitado pelos nossos governantes.

 Com os melhores cumprimentos

A comunidade timorense residente na Diáspora




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