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Díli, 26 deAgosto de 2014
Senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono
Madame Ani Yudhoyono
Senhor Primeiro-Ministro, senhore smembros do Governo
Senhor Ministro Marty Natalegawa
Distinta delegação
Ilustresconvidados
Excelências.
Senhor Presidente é, para mim, um privilégio e uma honra receber Vossa Excelência e a senhora Ani Yudhoyono de novo em Timor-Leste.
Em meu nome e da Isabel, dou as mais calorosas boas vindas a Vossa Excelência e à sua delegação. Desejo a todos uma boa estada em Timor-Leste e que o programa que foi organizado seja produtivo e agradável.
Esta é a terceira visita que o Senhor Presidente faza o meu país como Chefe de Estado, o que ilustra de modo eloquente as excelentes relações existentes entre Timor-Leste e a Indonésia.
A amizade e cooperação intensa que desenvolvemos devem-se à determinação dos governos dos nossos países e à vontade dos nossos povos. A opção partilhada pela paz, o diálogo e a reconciliação é o resultado de uma vontade genuína de cooperar para a estabilidade e o desenvolvimento.
O trabalho da Comissão Verdade e Amizade foi notável. A implementação das suas recomendações tem tido avanços significativos. Destaco, entre outros, os progressos na área da cooperação técnica e capacitação, incluindo administração e governação, saúde, desenvolvimento de infraestruturas, agricultura, Direitos Humanos, além, naturalmente, da implementação do passe de fronteira e da abertura de postos de fronteira.
A nossa cooperação é ampla, da segurança das fronteiras, à Defesa, e ao intercâmbio económico e cultural, que é intenso.
Esta visita será ocasião para a criação de dois novos pontos de passagem na fronteira comum.
Estamos a alargar gradualmente as facilidades para o trânsito de pessoas e o intercâmbio comercial e cultural, em benefício das populações e da dinâmica económica de ambos oslados.
Serão assinados ainda hoje novos memorandos sobre cooperação em importantes áreas, das quais destaco a Educação, a Cultura, a Economia.
Os nossos países cooperam igualmente em processos multilaterais que são pilares da segurança e confiança, na região e para além dela.
São os casos da prevenção e combate ao terrorismo, ao crime organizado, da cooperação para a proteção ambiental, entre outras.
Timor-Leste está determinado a trabalhar para reforçar as condições de paz e a confiança necessária sao desenvolvimento económico e social e de contribuir para a estabilidade e a cooperação regionais e alargar a nossa cooperação em todas as áreas mutuamente vantajosas.
O nosso país tem em curso vultuosos investimentos para a modernização e diversificação da nossa economia.
Estes investimentos constituem não apenas projetos para o desenvolvimento social das nossas populações, mas são igualmente fato ressignificativos para a dinamização da economia regional.
Um quadro de cooperação tripartida com a Indonésia, especialmente as províncias mais próximas, e o Norte da Australia podepotenciar, significativamente, a escala das economias envolvidas e a cooperação económica regional.
A assinatura, nesta visita, de um memorando para constituição do grupo de trabalho que irá abordar as potencialidades do Desenvolvimento Económico Regional Integrado é um passo do maior relevo para o alargamento da cooperação económica.
Timor-Leste é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a que presidimos no biénio 2014-2016.
A CPLP é uma organização pluri-continental, cujos Estados-membros têm também sólida integração nas associações de Estados das respetivas regiões.
A CPLP pode ser uma plataforma, parapotenciar a cooperação inter-regional, incluindo com a ASEAN, com vantagens mútuas para todas as partes.
Continuamos a preparar-nos ativamente para a adesão plena à ASEAN. Reitero ao senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono o nosso reconhecimento, pelo seu empenhamento e o sólido apoio da Indonésia ao nosso pedido de adesão.
Excelências.
Quero agradecer a contribuição do senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono para a construção de confiança e o desenvolvimento harmonioso das relações entre os nossos países nos últimos dez anos.
A Indonésia, o maior país da região, é hoje uma potência respeitada que dá contributos da maior importância para a estabilidade, a paz e a prosperidade – na região e para além dela.
A ASEAN, nos últimos 10 anos, tem sido um motor do crescimento económico mundial.
A estabilidade e abertura na nossa região têm sido essenciais para a atmosfera confiante e empreendedora de que os países vizinhos beneficiam.
A contribuição de Vossa Excelência tem sido decisiva para as relações de paz e confiança entre Timor-Leste e a Indonésia e, igualmente, para a atmosfera positiva e mais segura na região.
O Bali Forum para a Democracia e osencontros de Diálogopara a Defesaem Jakarta, tornaram-se símbolos da Indonésia democrática e têm dado contributos importantes para a atmosfera de diálogo e confiança.
A iniciativa de Vossa Excelência e das TNI de criação do Centro de Formação para Missões de Manutenção de Paz, e do Centro para a Paz e a Segurança, sediados em Sentul, Bogor, merece ser destacada.
As Forças Armadas podem ser uma influência positiva na estabilidade e segurança internacionais, quando sabemos que estabilidade e segurança são fatores indispensáveis ao desenvolvimento e prosperidade das Nações.
O enfoque na preparação técnica para missões internacionais de manutenção de paz apontam caminhos para novos contributos dos militares para a criação de confiança e o desenvolvimento mais harmonioso das relações internacionais.
A Indonésia é o país anfitrião do próximo Forum Global das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, este mês, em Bali.
A reunião da Aliança das Civilizações na Indonésia põe simbolicamente em destaque os valores da diversidade religiosa e da cultura de tolerância inscritas na sua Constituição pelos seus pais fundadores.
A democracia indonésia é admirada, na região e no mundo.
Os atos eleitorais que este ano se realizaram, com participação elevada dos cidadãos, confirmam a maturidade e o espírito de tolerância e convívio democráticos, propícios ao desenvolvimento económico e social.
Senhor Presidente.
Como referi algumas vezes, o processo de reconciliação entre Timor-Leste e a Indonésia merece ser estudado e pode conter lições úteis para outros povos e outras regiões.
A nossa experiência mostra que as democracias sabem resolver os diferendos internacionais com diálogo e espírito de tolerância, e que só soluções negociadas criam o ambiente de paz, estabilidade e motivação indispensáveis ao desenvolvimento e ao progresso social.
A conjuntura internacional tem sido cadavez mais caracterizada pela instabilidade e a proliferação de conflitos e diferendos, com impactos negativos no ambiente das relações internacionais.
A crise na Ucrânia, os conflitos arrastados na Síria, Iraque, Afeganistão, e situações como a do Saara Ocidental ou da Palestina, são focos de violência que afetam a capacidade do mundo se concentrar nos desafios globais que confrontam a Humanidade – desafios que requerem ação coletiva concertada da comunidade internacional.
O impasse e arrastamento destes e de outros conflitos causam sofrimento indescritível das pessoas, de famílias e comunidades inteiras, apanhadas na espiral da violência.
Estes impasses prejudicam seriamente o primado da lei e do Direito Internacional.
Como o grupo de nações do g7+ – a que Timor-Leste pertence – tem sublinhado, sem paz e estabilidade não é possível erradicar a pobreza, não é possível responder à aspiração dos povos ao bem estar e à cidadania plena. Sem paz e estabilidade não há desenvolvimento.
Excelências.
Que forma melhor poderemos encontrar de trabalharmos para a paz e a estabilidade internacional do que utilizar os nossos préstimos e partilhar a experiência da nossa reconciliação?
Estadistas que se distinguiram no nosso processo de paz e reconciliação, como Vossa Excelência, José Ramos-Horta, Xanana Gusmão ou Mari Alkatiri, e outros, têm contributos valiosos a dar ao entendimento internacional.
Eu gostaria de contribuir para a constituição de um centro para paz e a confiança internacional, integrado por personalidades dos nossos países, com o objetivo de promover uma agenda de prosperidade, tirando partido da nossa experiência comum, quando esta possa ser útil em diferendos internacionais, seja:
- Promovendo o diálogo para a solução de conflitos;
- Promovendo o diálogo político inclusivo;
- Promovendo o valor da proteção e da segurança das pessoas; e
- Desenvolvendo competências sociaispara a reconciliação comunitária;
Numa palavra, um centro impulsionando atividades que estão na raíz da estabilidade e da cooperação, e que favorecem o desenvolvimento.
Uma iniciativa como esta terá o apoio empenhado do governo de Timor-Leste e do nosso povo.
Excelências.
Senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono.
Continuarei a trabalhar para estreitar as relações entre os nossos países e intensificar a nossa cooperação em projetos mutuamente benéficos, para os nossos povos.
Termino com um brinde:
À saúde e bem estar de Vossa Excelência e da senhora Ani Yudhoyono, e ao aprofundamento da amizade entre Timor-Leste e a Indonésia.
Senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono
Madame Ani Yudhoyono
Senhor Primeiro-Ministro, senhore smembros do Governo
Senhor Ministro Marty Natalegawa
Distinta delegação
Ilustresconvidados
Excelências.
Senhor Presidente é, para mim, um privilégio e uma honra receber Vossa Excelência e a senhora Ani Yudhoyono de novo em Timor-Leste.
Em meu nome e da Isabel, dou as mais calorosas boas vindas a Vossa Excelência e à sua delegação. Desejo a todos uma boa estada em Timor-Leste e que o programa que foi organizado seja produtivo e agradável.
Esta é a terceira visita que o Senhor Presidente faza o meu país como Chefe de Estado, o que ilustra de modo eloquente as excelentes relações existentes entre Timor-Leste e a Indonésia.
A amizade e cooperação intensa que desenvolvemos devem-se à determinação dos governos dos nossos países e à vontade dos nossos povos. A opção partilhada pela paz, o diálogo e a reconciliação é o resultado de uma vontade genuína de cooperar para a estabilidade e o desenvolvimento.
O trabalho da Comissão Verdade e Amizade foi notável. A implementação das suas recomendações tem tido avanços significativos. Destaco, entre outros, os progressos na área da cooperação técnica e capacitação, incluindo administração e governação, saúde, desenvolvimento de infraestruturas, agricultura, Direitos Humanos, além, naturalmente, da implementação do passe de fronteira e da abertura de postos de fronteira.
A nossa cooperação é ampla, da segurança das fronteiras, à Defesa, e ao intercâmbio económico e cultural, que é intenso.
Esta visita será ocasião para a criação de dois novos pontos de passagem na fronteira comum.
Estamos a alargar gradualmente as facilidades para o trânsito de pessoas e o intercâmbio comercial e cultural, em benefício das populações e da dinâmica económica de ambos oslados.
Serão assinados ainda hoje novos memorandos sobre cooperação em importantes áreas, das quais destaco a Educação, a Cultura, a Economia.
Os nossos países cooperam igualmente em processos multilaterais que são pilares da segurança e confiança, na região e para além dela.
São os casos da prevenção e combate ao terrorismo, ao crime organizado, da cooperação para a proteção ambiental, entre outras.
Timor-Leste está determinado a trabalhar para reforçar as condições de paz e a confiança necessária sao desenvolvimento económico e social e de contribuir para a estabilidade e a cooperação regionais e alargar a nossa cooperação em todas as áreas mutuamente vantajosas.
O nosso país tem em curso vultuosos investimentos para a modernização e diversificação da nossa economia.
Estes investimentos constituem não apenas projetos para o desenvolvimento social das nossas populações, mas são igualmente fato ressignificativos para a dinamização da economia regional.
Um quadro de cooperação tripartida com a Indonésia, especialmente as províncias mais próximas, e o Norte da Australia podepotenciar, significativamente, a escala das economias envolvidas e a cooperação económica regional.
A assinatura, nesta visita, de um memorando para constituição do grupo de trabalho que irá abordar as potencialidades do Desenvolvimento Económico Regional Integrado é um passo do maior relevo para o alargamento da cooperação económica.
Timor-Leste é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a que presidimos no biénio 2014-2016.
A CPLP é uma organização pluri-continental, cujos Estados-membros têm também sólida integração nas associações de Estados das respetivas regiões.
A CPLP pode ser uma plataforma, parapotenciar a cooperação inter-regional, incluindo com a ASEAN, com vantagens mútuas para todas as partes.
Continuamos a preparar-nos ativamente para a adesão plena à ASEAN. Reitero ao senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono o nosso reconhecimento, pelo seu empenhamento e o sólido apoio da Indonésia ao nosso pedido de adesão.
Excelências.
Quero agradecer a contribuição do senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono para a construção de confiança e o desenvolvimento harmonioso das relações entre os nossos países nos últimos dez anos.
A Indonésia, o maior país da região, é hoje uma potência respeitada que dá contributos da maior importância para a estabilidade, a paz e a prosperidade – na região e para além dela.
A ASEAN, nos últimos 10 anos, tem sido um motor do crescimento económico mundial.
A estabilidade e abertura na nossa região têm sido essenciais para a atmosfera confiante e empreendedora de que os países vizinhos beneficiam.
A contribuição de Vossa Excelência tem sido decisiva para as relações de paz e confiança entre Timor-Leste e a Indonésia e, igualmente, para a atmosfera positiva e mais segura na região.
O Bali Forum para a Democracia e osencontros de Diálogopara a Defesaem Jakarta, tornaram-se símbolos da Indonésia democrática e têm dado contributos importantes para a atmosfera de diálogo e confiança.
A iniciativa de Vossa Excelência e das TNI de criação do Centro de Formação para Missões de Manutenção de Paz, e do Centro para a Paz e a Segurança, sediados em Sentul, Bogor, merece ser destacada.
As Forças Armadas podem ser uma influência positiva na estabilidade e segurança internacionais, quando sabemos que estabilidade e segurança são fatores indispensáveis ao desenvolvimento e prosperidade das Nações.
O enfoque na preparação técnica para missões internacionais de manutenção de paz apontam caminhos para novos contributos dos militares para a criação de confiança e o desenvolvimento mais harmonioso das relações internacionais.
A Indonésia é o país anfitrião do próximo Forum Global das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, este mês, em Bali.
A reunião da Aliança das Civilizações na Indonésia põe simbolicamente em destaque os valores da diversidade religiosa e da cultura de tolerância inscritas na sua Constituição pelos seus pais fundadores.
A democracia indonésia é admirada, na região e no mundo.
Os atos eleitorais que este ano se realizaram, com participação elevada dos cidadãos, confirmam a maturidade e o espírito de tolerância e convívio democráticos, propícios ao desenvolvimento económico e social.
Senhor Presidente.
Como referi algumas vezes, o processo de reconciliação entre Timor-Leste e a Indonésia merece ser estudado e pode conter lições úteis para outros povos e outras regiões.
A nossa experiência mostra que as democracias sabem resolver os diferendos internacionais com diálogo e espírito de tolerância, e que só soluções negociadas criam o ambiente de paz, estabilidade e motivação indispensáveis ao desenvolvimento e ao progresso social.
A conjuntura internacional tem sido cadavez mais caracterizada pela instabilidade e a proliferação de conflitos e diferendos, com impactos negativos no ambiente das relações internacionais.
A crise na Ucrânia, os conflitos arrastados na Síria, Iraque, Afeganistão, e situações como a do Saara Ocidental ou da Palestina, são focos de violência que afetam a capacidade do mundo se concentrar nos desafios globais que confrontam a Humanidade – desafios que requerem ação coletiva concertada da comunidade internacional.
O impasse e arrastamento destes e de outros conflitos causam sofrimento indescritível das pessoas, de famílias e comunidades inteiras, apanhadas na espiral da violência.
Estes impasses prejudicam seriamente o primado da lei e do Direito Internacional.
Como o grupo de nações do g7+ – a que Timor-Leste pertence – tem sublinhado, sem paz e estabilidade não é possível erradicar a pobreza, não é possível responder à aspiração dos povos ao bem estar e à cidadania plena. Sem paz e estabilidade não há desenvolvimento.
Excelências.
Que forma melhor poderemos encontrar de trabalharmos para a paz e a estabilidade internacional do que utilizar os nossos préstimos e partilhar a experiência da nossa reconciliação?
Estadistas que se distinguiram no nosso processo de paz e reconciliação, como Vossa Excelência, José Ramos-Horta, Xanana Gusmão ou Mari Alkatiri, e outros, têm contributos valiosos a dar ao entendimento internacional.
Eu gostaria de contribuir para a constituição de um centro para paz e a confiança internacional, integrado por personalidades dos nossos países, com o objetivo de promover uma agenda de prosperidade, tirando partido da nossa experiência comum, quando esta possa ser útil em diferendos internacionais, seja:
- Promovendo o diálogo para a solução de conflitos;
- Promovendo o diálogo político inclusivo;
- Promovendo o valor da proteção e da segurança das pessoas; e
- Desenvolvendo competências sociaispara a reconciliação comunitária;
Numa palavra, um centro impulsionando atividades que estão na raíz da estabilidade e da cooperação, e que favorecem o desenvolvimento.
Uma iniciativa como esta terá o apoio empenhado do governo de Timor-Leste e do nosso povo.
Excelências.
Senhor Presidente Susilo Bambang Yudhoyono.
Continuarei a trabalhar para estreitar as relações entre os nossos países e intensificar a nossa cooperação em projetos mutuamente benéficos, para os nossos povos.
Termino com um brinde:
À saúde e bem estar de Vossa Excelência e da senhora Ani Yudhoyono, e ao aprofundamento da amizade entre Timor-Leste e a Indonésia.
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