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Portugal envia para Timor mais 58 professores para novas Escolas de Referência

Jornalista: Lúcia Vinheiras Alves / Imagem e Edição: António Manuel

© TV Ciência
Timor-Leste vai já no início de 2013 inaugurar mais quatro Escolas de Referência, onde vão colaborar mais 58 professores portugueses, anunciam Nuno Crato e Ministro Educação timorense, em Lisboa.

Ministro da Educação de Timor-Leste, Bendito Freitas, de visita oficial a Portugal teve um encontro com Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência, no final e em Conferência de Imprensa ambos os Ministros divulgaram o reforço dos professores portugueses em Timor-Leste.

No total o número professores portugueses destacados em Timor-Leste será 108 a partir de 2013. Sobre o projeto Escolas de Referencia, Nuno Crato explica que, «é um projeto em que o Governo português coopera com o Governo de Timor-Leste na construção de Escolas, uma por cada distrito». Escolas onde «não só são educados os jovens como também são treinados os candidatos a futuros professores», acrescentou o Ministro.

A partir de 2013 Timor-Leste passará a contar ao todo com nove Escolas de Referência e os Ministros esperam que em breve o projeto atinja as treze escolas, uma escola em cada distrito.

«Se conseguirmos ter este ano estas quatro e no novo ano as outras quatro que faltam será bom», afirmou Nuno Crato e acrescentou que «isto é um grande investimento de Timor-Leste em termos de construção e nosso também em termos de recursos humanos, seria bom conseguirmos daqui a dois ter os distritos todos cobertos».

Durante a visita a Portugal, o Ministro timorense esteve nas Universidades de Coimbra, Aveiro e Minho, onde debateu possíveis incrementos de colaboração.

Bendito Freitas explicou que «há algumas universidades que já têm cooperação com a nossa Universidade Nacional de Timor-Leste e vamos discutindo para futuras colaborações, para programas a seguir».

O Ministro timorense disse ainda que «quando as equipas destas universidades forem visitar Timor Leste poderemos abordar áreas mais específicas no domínio da ciência, das academias, de áreas mais especializadas, a que cabe às universidades negociação, porque em Timor-Leste a Universidade Nacional de Timor-Leste também tem autonomia em termos de gestão e dos seus planos de ação anual».

Taur Matan Ruak, Presidente da República de Timor Leste propôs recentemente que a língua portuguesa deverá ser lecionada como língua estrangeira em Timor, para que, como referiu, «numa década o panorama linguístico seja, de facto, alterado», em Timor.

Mas, o Ministro da Educação de Timor reforça que a língua portuguesa é uma das línguas oficiais.

Bendito Freitas afirmou que: «não vejo a língua portuguesa como uma língua estrangeira em Timor-Leste, porque a nossa Constituição consagrou o português como uma língua oficial e uma língua ensinada nas escolas. Não só agora na nossa Independência, mas há muito tempo, mesmo durante a ocupação da Indonésia havia escolas que ensinavam português».

«Agora é a consolidação da língua portuguesa para facilitar o processo de ensino e educação em Timor-Leste, o que exige uma educação de qualidade. Portanto, a língua portuguesa vai apoiar, enquanto instrumento eficaz para a difusão das disciplinas necessárias para o desenvolvimento do ensino em Timor-Leste», acrescentou.

Nuno Crato reafirmou que Portugal vai continuar a dar apoio de acordo com o que for decidido pelo Governo de Timor-Leste.

«Cabe a Timor-Leste decidir sobre isto», afirmou o Ministro português e acrescentou que «Timor-Leste decidiu, como o Senhor Ministro disse, que o português e o tétum são as duas línguas oficiais. E a nós cabe-nos fazer o que estiver nas nossas mãos, dentro daquilo que o Senhor Ministro e o Governo de Timor-Leste decidir, para apoiar o desenvolvimento do português. Portanto, nós temos uma grande confiança de que o português é uma língua necessária, uma língua útil».

Este apoio do Governo Português no ensino em Timor é reconhecido como importante pelo Ministro de Educação Timorense. Quero «agradecer o convite do Senhor Ministro, porque estamos a ter um apoio de cooperação muito forte. Estou aqui para agradecer esta cooperação, os laços históricos desde sempre que Portugal tem vindo a apoiar Timor-Leste».

«E neste momento estamos particularmente empenhados na educação, porque o Governo timorense exige uma educação de qualidade para cumprir esta necessidade, precisamente o nosso Governo com as parcerias estabelecidas com o Governo português, particularmente com o Ministério da Educação», afirmou Bendito Freitas.

O Ministro de Educação Timorense convidou o homólogo português, Nuno Crato, a visitar Timor em Fevereiro de 2013, um convite que foi aceite.

«Com o convite agora ao Ministro para visitar Timor Leste em Fevereiro de 2013, para a inauguração das Escolas de Referência e ao mesmo tempo participar num encontro, numa Conferência sobre Educação que é mesmo importante para decidir o seguimento das áreas de cooperação, mesmo na área da educação», referiu o Ministro timorense.

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