«Comandei Lu Olo, no mato [na Resistência Armada], continuo a comandá-lo, agora», disse Ruak no comício realizado em Iliomar, na passada 3ª feira, 3/04.
O general Taur Matan Ruak fez esta afirmação em resposta a várias provocações vindas da candidatura presidencial de Lu Olo - ataques a caravana de Ruak, em Baucau (3/04), agressões físicas a apoiantes da candidatura de Ruak, em Uatulari (11/03, ainda na 1ª volta), destruição e incêndio de casa e propriedade da D. Luciana Bikasa - membro da Equipa de Vitória, em Viqueque-Vila (25, 26 e 27/03), incêndio a habitação do coordenador da campanha de Ruak em Dilor, Lacluta (31/03), destruição de propaganda eleitoral e também ataques pessoais ao general Ruak, acusando-o de intimidar os votantes por envergar camuflado na foto da campanha eleitoral e mais outras acusações.
É um facto que o candidato presidencial da Fretilin, Francisco Guterres Lu Olo, nunca se destacou nas Falintil nos 24 anos da Resistência Armada. Nunca comandou nenhuma das quatro Regiões Militares (nem a RM 1, nem a 2, nem a 3, nem a 4); nem nunca chegou também à chefia do Estado Maior. Se o general Ruak teve que puxar pelos seus galões, foi porque as constantes provocações vindas da candidatura do seu oponente nesta campanha presidencial estava ultrapassar os limites admissíveis.
Os antigos guerrilheiros das Falintil têm (e sempre tiveram) um pacto entre si: nunca se atacarem, em nenhuma circunstância, seja política ou outra; e nunca concorrerem entre si para um mesmo cargo. Nas Presidenciais de 2012 alguém quebrou este pacto: não foi de certeza o comandante Taur Matan Ruak.
Publicada por Sebastião 4/4
O Eça (http://sebasgut.blogspot.pt)
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