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20070309

A Paz

A PAZ

Arlindo Kahikata Fernandes

A paz surge como oposição ao conflito. Dela nasce espírito de tranquilidade, serenidade, segurança, harmonia e liberdade. Ele existe enquanto realidade pode envolver a cada momento de vida, tendo esta igualmente a capacidade de transformar as energias negativas “ou de conflito” em energias positivas existentes em cada um de nós. Apreendendo-se daqui a existência de uma paz criada pelo próprio universo, mas também uma paz espiritual que nasce dentro de cada um de nós.

A paz presente em nós poderá tornar-se visível para o mundo exterior através da nossa postura perante o meio envolvente e na forma como transmitimos o nosso pensamento através das palavras na companhia de um simples sorriso. Esta paz de espírito é portanto condição essencial para conseguir apreciar e dar valor merecido as coisas simples da vida, mas também para a reflexão de tudo aquilo que nos rodeia e simultaneamente conseguir olhar para dentro de nos mesmo de um modo autocrítico.

Feitas essas observações sobre a paz não pode deixar aqui uma última nota referente a realidade vivida neste momento em Timor associada a este tema. O conflito nasceu de uma crise provocada pelo desentendimento de natureza política entre importantes figuras do país. Esta situação tem arrastado atrás de si uma grande instabilidade a vários níveis que está afectando gravemente não só Timor-Leste como país livre e soberano mas sobretudo na vida de população. Nesta circunstância torna-se cada vez mais evidente a necessidade de devolver a população e ao país a PAZ como foi consagrada na proclamação da Independência de Timor-Leste. Pois ela é condição necessária a concretização do plano de desenvolvimento nacional sobre os desígnios de um regime democrático, soberano e independente, de modo a torna-lo num país próspero e capaz de se afirmar na cena internacional como centro de puder.

Para que isso se torna possível apela-se a todos intervenientes neste conflito para que PAREM UM MOMENTO PARA PENSAR no que estão fazendo em Timor, pois penso que a única solução passara pelo reconhecimento dos erros cometidos e assumi-los com seriedade e responsabilidade, de maneira criar as pontes para o dialogo que permita o alcançar a tão desejada PAZ e JUSTIÇA na concretização de UM ENTENDIMENTO que possa perdurar firmemente por muito tempo.

Só na PAZ se consegue expressar o mundo através de frases repleto de sabedoria e realizar os grandes feitos do engenho humano.

Coimbra, 9 de Março de 2007

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