Pretendo alertar V. Exªs. para as seguintes questões, tendo em conta a luta, pelo poder, menos pedagógica, que está a ser travada entre vós na nossa querida pátria.
Ah PÁTRIA!
Pátria de todas as condições sociais da nossa sociedade; Pátria de todos os que tombaram; Pátria de todos os que resistiram nas montanhas; Pátria de todos os clandestinos; Pátria de todos os exilados nos quatro cantos do mundo; Pátria dos nossos antepassados. Enfim, Pátria maubere. Pátria de todos nós.
Permitam-me perguntar as V/s. Exªs., que herança política irão deixar aos jovens nos próximos anos? Pelo que está a acontecer entre vós talvez no futuro diremos: "temos saudades dos nossos heróis da libertação mas não temos saudades nenhuma dos nossos líderes políticos de pós-libertação". Não pretendo ser irónico mas a realidade é mesmo isso.
V. Exªs. escolheram o modelo de regime político; criaram as bases necessárias, a constituição, as leis e as demais normas mas V. Exªs. não cumprem e não fazem cumprir algumas delas? Não sei porquê. Parece-me que V. Exªs. só cumprem o que mais convém aos vossos interesses do momento. Que estranha herança!
V. Exªs. iniciaram o processo de luta pela libertação, aprenderam com os erros cometidos ao longo da luta e esforçaram-se para unir e libertar o país e muitos de vós ainda tiveram oportunidade de presenciar e viver nos países pós-libertação que emergiria em ditadura e estão a cometer os mesmo erros que os outros cometeram?
Os tristes e trágicos acontecimentos de 2006 não deveriam ter acontecido. Se V. Exªs tivessem reflectido e medissem as consequências para o futuro talvez sejam mais cautelosos nas vossas ambições e pretensões políticas. E talvez também se agiriam com mais sentido de estado. O que não se notou em 2006. Governar um país não é mesma coisa que se lidera uma resistência. Na resistência precisamos liderança que unifica, que age ao encontro das emoções mas na governação precisamos de líderes que ajam com sentido de estado. Talvez V. Exªs. precisem de transitar deste modo de agir da resistência para um modo mais racional com a exigência de governação. Que grandeza de lição política podemos reter para o futuro se alguns de vós continuam a agir como se a governação se comparasse com a resistência?
V. Exªs estão condenados a entenderem-se a bem da nação e do povo. Xanana, Lasama, Alkatiri, Ramos Horta, os Bispos e companhia estão condenados a entenderem-se a bem do futuro político do país.
Havia um slogan que dizia assim: "Libertemos a Pátria, libertemos o povo". É caso para perguntar a V. Exªs. como "A Pátria já está libertada para quando a libertação do povo?" Citei este slogam para falar dos boatos que pairam no ar, "...que os ministros, os directores e os seus amigos enriquecem de dia para a noite como quem tivesse ganho o concurso de "Euromilhões". Existem notícias que circulam por aí de que os negócios em nome do Estado são feitos através de mensagem e não pelo concurso público. A doença de corrupção está afectar vertical e horizontalmente toda administração estatal. V Exªs. têm a responsabilidade de dar exemplo e combater com determinação esta doença antes que se torne numa doença crónica sob pena de deixar depois para a geração seguinte um tumor ou um cancro que compromete o futuro.
O nosso povo merece o respeito das V. Exªs.
Ainda vai a tempo de a geração de V. Exªs. indireitarem e melhorarem as coisas para servir o nosso povo. Se é que a governação ou toda acção política é para servir.Foi para o BEM de todos que muitos tombaram, todos sofreram e lutaram. Por tudo isso é que V. Exª.s estão na frente do destino da nação, para tomar decisões em nome do BEM comum e do nosso futuro.A nova geração do futuro saberá honrar os seus compromissos políticos se V. Exªs. também honrarem os vossos.
Com saudações cordiais
Zito Soares - Oxford (Arquivo)
Ah PÁTRIA!
Pátria de todas as condições sociais da nossa sociedade; Pátria de todos os que tombaram; Pátria de todos os que resistiram nas montanhas; Pátria de todos os clandestinos; Pátria de todos os exilados nos quatro cantos do mundo; Pátria dos nossos antepassados. Enfim, Pátria maubere. Pátria de todos nós.
Permitam-me perguntar as V/s. Exªs., que herança política irão deixar aos jovens nos próximos anos? Pelo que está a acontecer entre vós talvez no futuro diremos: "temos saudades dos nossos heróis da libertação mas não temos saudades nenhuma dos nossos líderes políticos de pós-libertação". Não pretendo ser irónico mas a realidade é mesmo isso.
V. Exªs. escolheram o modelo de regime político; criaram as bases necessárias, a constituição, as leis e as demais normas mas V. Exªs. não cumprem e não fazem cumprir algumas delas? Não sei porquê. Parece-me que V. Exªs. só cumprem o que mais convém aos vossos interesses do momento. Que estranha herança!
V. Exªs. iniciaram o processo de luta pela libertação, aprenderam com os erros cometidos ao longo da luta e esforçaram-se para unir e libertar o país e muitos de vós ainda tiveram oportunidade de presenciar e viver nos países pós-libertação que emergiria em ditadura e estão a cometer os mesmo erros que os outros cometeram?
Os tristes e trágicos acontecimentos de 2006 não deveriam ter acontecido. Se V. Exªs tivessem reflectido e medissem as consequências para o futuro talvez sejam mais cautelosos nas vossas ambições e pretensões políticas. E talvez também se agiriam com mais sentido de estado. O que não se notou em 2006. Governar um país não é mesma coisa que se lidera uma resistência. Na resistência precisamos liderança que unifica, que age ao encontro das emoções mas na governação precisamos de líderes que ajam com sentido de estado. Talvez V. Exªs. precisem de transitar deste modo de agir da resistência para um modo mais racional com a exigência de governação. Que grandeza de lição política podemos reter para o futuro se alguns de vós continuam a agir como se a governação se comparasse com a resistência?
V. Exªs estão condenados a entenderem-se a bem da nação e do povo. Xanana, Lasama, Alkatiri, Ramos Horta, os Bispos e companhia estão condenados a entenderem-se a bem do futuro político do país.
Havia um slogan que dizia assim: "Libertemos a Pátria, libertemos o povo". É caso para perguntar a V. Exªs. como "A Pátria já está libertada para quando a libertação do povo?" Citei este slogam para falar dos boatos que pairam no ar, "...que os ministros, os directores e os seus amigos enriquecem de dia para a noite como quem tivesse ganho o concurso de "Euromilhões". Existem notícias que circulam por aí de que os negócios em nome do Estado são feitos através de mensagem e não pelo concurso público. A doença de corrupção está afectar vertical e horizontalmente toda administração estatal. V Exªs. têm a responsabilidade de dar exemplo e combater com determinação esta doença antes que se torne numa doença crónica sob pena de deixar depois para a geração seguinte um tumor ou um cancro que compromete o futuro.
O nosso povo merece o respeito das V. Exªs.
Ainda vai a tempo de a geração de V. Exªs. indireitarem e melhorarem as coisas para servir o nosso povo. Se é que a governação ou toda acção política é para servir.Foi para o BEM de todos que muitos tombaram, todos sofreram e lutaram. Por tudo isso é que V. Exª.s estão na frente do destino da nação, para tomar decisões em nome do BEM comum e do nosso futuro.A nova geração do futuro saberá honrar os seus compromissos políticos se V. Exªs. também honrarem os vossos.
Com saudações cordiais
Zito Soares - Oxford (Arquivo)
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